Saiba quais são as 10 piores estradas do Brasil

piores estradas do Brasil
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Quem atravessa o país utilizando nossas estradas, sabe que nem sempre a viagem é fácil! Há, literalmente, muitas pedras (e buracos) no caminho e essa é uma realidade com a qual precisamos lidar. Por isso, neste post, falaremos sobre as piores estradas do Brasil.

Ao longo de suas experiências, você já conseguiu identificar quais são elas? Conhece bem os trajetos mais difíceis e demorados? Esse tipo de informação é muito importante, afinal, um bom caminhoneiro precisa aprender a planejar sua rota, fugindo dessas armadilhas!

Se você ainda está meio perdido nesse assunto ou simplesmente deseja conhecer um pouco mais sobre as dificuldades de sua profissão, não se preocupe! Fizemos uma pesquisa completa e listamos as 10 piores estradas do Brasil.

Ficou curioso? Leia o post até o final e guarde bem essa lista!

Os riscos de trafegar pelas estradas brasileiras

Vida de caminhoneiro não é mesmo fácil. São tantos desafios, responsabilidades e preocupações a se analisar. Além dos dias longe da família, dos custos com a viagem, da constante alta dos combustíveis e dos cuidados com o caminhão, há ainda os perigos das estradas.

Em um país com uma extensa malha rodoviária — 1,7 milhão de km, segundo o Anuário CNT do Transporte de 2017 —, há muitos perigos e desafios escondidos e alguns bem aparentes. Confira os maiores riscos encontrados em nossas estradas:

O roubo de cargas

Um dos maiores e mais preocupantes problemas enfrentados é o roubo de cargas. Os índices desse tipo de crime estão subindo bastante e as quadrilhas e sua forma de atuação se especializando ainda mais.

Entre os anos de 2011 e 2016, o prejuízo causado por esse tipo de ocorrência chegou a 6,1 bilhões de reais no país, revelando uma ineficiência do Estado em combater tais ações criminosas. Em 2017, só no eixo Rio-São Paulo, o prejuízo alcançou a incrível marca de 1,7 bilhão.

Portanto, estamos diante de um problema que, além de perdas financeiras, traz uma sensação de insegurança e impotência aos motoristas, que são mais uma vítima das políticas de segurança ineficazes.

O aumento de manutenção devido à falta de infraestrutura básica

O mesmo estudo apresentado pela Confederação Nacional dos Transportes, concluiu que apenas 12% da malha é pavimentada. Isso quer dizer que a esmagadora maioria dos trechos não possui condições mínimas de infraestrutura.

As consequências disso são facilmente percebidas, mas o aumento da quantidade e dos gastos com manutenção é uma das que merecem ser enfatizadas. Seja com pneus furados, peças quebradas ou caminhões atolados, os caminhoneiros precisam dirigir com muita prudência e atenção para não perderem seus lucros com esse tipo de reparo.

Além disso, o problema gera uma ociosidade maior nos caminhões, já que eles ficam mais tempo parados para manutenções, o que também representa perda de competitividade.

Aumento do número de acidentes e mortes

Não há como deixar de citar os acidentes nas estradas. Entre as grandes causas, estão as condições das estradas. Todas as deficiências e problemas encontrados contribuem para o aumento da insegurança ao volante, tornando as viagens mais demoradas e arriscadas.

Infelizmente, não há como ignorar o fato de que viajar é sempre um risco. Mas é verdade que essa falta de manutenção e infraestrutura contribui para o aumento do problema.

As 10 piores estradas do Brasil

Agora, depois de relembrarmos os riscos a que um caminhoneiro está exposto todos os dias pelas estradas brasileiras, podemos apresentar a lista com os 10 piores trechos do país.

Essa lista foi elaborada conforme pesquisas e observações da CNT no ano de 2017. Isso quer dizer que, a seguir, você terá acesso a um balanço real e atualizado sobre a situação de nossas rodovias e conhecerá as estradas que foram consideradas um problema para o setor de transportes.

Não é nem preciso enfatizar o quanto você deve ficar atento às informações a seguir. Afinal, isso é essencial para que você planeje melhor as suas viagens e procure evitar os trechos apontados.

Além disso, é interessante enfatizar que a pesquisa realizada apontou que a sensação de que as estradas estão piores não é falsa. Infelizmente, 61,8% de nossa malha rodoviária é considerada péssima ou ruim.

Fique atento e confira o ranking das piores estradas!

1. Trecho entre Natividade (TO) e Barreiras (BA)

Já passou por esse trecho? Se a resposta for positiva, você já deve entender o porquê de ele ser considerado o pior do país. Por outro lado, se você ainda não enfrentou o desafio, é motivo para se sentir aliviado.

Localizado no oeste da Bahia, o trecho é composto pelas rodovias BA-460, BA-460/BR-242, TO-040 e TO-280 e conta com, aproximadamente, 374 Km de extensão. Na verdade, ela passa pela Bahia, Tocantins e chega até o Mato Grosso, no município de Sorrisos.

O histórico negativo é antigo e ela quase sempre está entre as piores do país. E quais as razões para isso? Em geral, a rodovia ainda conta com trechos sem pavimentação e alguns ainda em fase de construção.

Além disso, a BR-242, apesar de ser a principal via de acesso à Chapada Diamantina, é bem precária. Em sua extensão há a travessia de diversos rios, como o Rio São Francisco e a Ilha do Bananal, que durante os períodos chuvosos transborda e torna a estrada intransitável.

2. Trecho entre Jataí e Piranhas em Goiás

Localizado no estado de Goiás, o trecho entre Jataí e Piranhas é composto pela rodovia BR-158. Velha conhecida dos caminhoneiros, essa rodovia corta o país de norte a sul, iniciando em Santana do Livramento no Rio Grande do Sul e terminando em Altamira no estado do Pará.

Quando o assunto é estradas ruins, ela sempre é lembrada e, em 2017, foi considerada a segunda pior do país. O trecho entre as cidades de Goiás conta com 187 Km de muitos problemas e perigos.

Pode-se identificar problemas com pavimentação, muitos buracos e falta de sinalização. Aliás, o contexto é bem diferente do que vive a região, visto que Jataí é considerada a “Capital dos Grãos de Goiás”, ou seja, uma cidade próspera e altamente produtiva.

3. Trecho entre Marabá e Dom Eliseu no estado do Pará

O terceiro lugar para as piores estradas do Brasil é o trecho localizado no estado do Pará, entre as cidades de Marabá e Dom Eliseu, formada pela rodovia federal BR-222, que vai de Fortaleza (CE) a Marabá (PA), cortando também os estados do Piauí e Maranhão.

O trecho em questão conta com cerca de 300 Km e já foi considerado o campeão de problemas no ano de 2010. De lá para cá, pouca coisa mudou e os motoristas continuam reclamando dos buracos e da sinalização precária.

Com um tráfego intenso de caminhões e carretas, ela é um risco a todos que por ali trafegam. Em vários locais, a vegetação impede que as placas de sinalização sejam vistas e os buracos chegam a cobrir toda a pista.

4. Trecho entre Rio Verde e Iporá no estado de Goiás

Novamente um trecho localizado no estado de Goiás entra para o ranking. Nesse caso, estamos falando da rodovia estadual GO-174, em um recorte de 167 Km.

Entre os problemas mais acentuados, podemos destacar a falta de pavimentação, a grande quantidade de buracos e a precariedade de sinalização. Tudo isso, contribui para que a viagem de quem precisa passar por ali seja mais demorada e complicada.

O problema é tão grave que a rodovia já foi intitulada como “rodovia da morte” e também recebe um tráfego intenso de caminhões que escoam a produção de milho para as demais regiões do país.

5. Trecho entre São Vicente do Sul e Santana do Livramento no Rio Grande do Sul

A pior estrada do Rio Grande do Sul está localizada entre as cidades de São Vicente do Sul e Santana do Livramento e é composta pela BR-158, RS-241 e RS-640 e tem 114 Km.

Ela está entre as piores, pois possui falhas na geografia da pista que, em alguns locais, não possui acostamento, faixas adicionais e ainda conta com curvas acentuadas e perigosas. Além disso, a falta de infraestrutura de apoio, como oficinas e borracharias é mais um obstáculo para os caminhoneiros que passam por ali.

Não se pode deixar de citar, também, a grande quantidade de buracos no trecho, o que acaba obrigando os motoristas a cometerem imprudências ao volante, como trafegar na contramão, causando uma série de acidentes.

6. Trecho entre Teresina (PI) e Barreiras (BA)

O sexto lugar desse ranking negativo das estradas brasileiras é o trecho que fica entre as cidades de Teresina, no Piauí, e Barreiras, no estado da BA — que aliás, já está no topo dessa lista.

Composto pelas rodovias federais BR-020, BR-135, BR-235 e BR-343 e pelas estaduais PI-140, PI-141 e PI-361, ela apresenta problemas comuns, como a falta de acostamento, trechos perigosos e com má sinalização, recebendo uma classificação geral como ruim.

É importante observar que o trecho conta com uma movimentação acentuada de veículos de carga e passageiros, o que torna ainda mais relevante a necessidade de reparos. Aliás, essas condições ruins estão contribuindo para o aumento do custo do transporte e dos fretes, já que os caminhoneiros não podem pagar essa conta sozinhos.

7. Trecho entre Brasília (DF) e Palmas (TO)

A presença desse trecho no ranking mostra que o problema também afeta as rodovias que interligam a capital federal aos demais estados e cidades do país.

A principal rodovia desse trecho é BR-010, também conhecida como Rodovia Belém-Brasília que é completada pelas rodovias estaduais GO-118, TO-050 e TO-010. Dentre os maiores problemas registrados, é possível citar diversos locais sem pavimentação e alguns trechos ainda em construção, em especial no território do estado de Tocantins.

Com uma extensão total de aproximadamente 857 Km, quase sua totalidade é considerada ruim, sendo que os piores trechos possuem pista simples e não dispõem de acostamento e terceira faixa nos aclives, o que favorece a ocorrência de acidentes.

8. Trecho entre Marabá (PA) e Wanderlândia (TO)

Mais um trecho que corta os estados do Pará e Tocantins, esse é composto pelas rodovias federais BR-153 e BR-230 e a rodovia estadual PA-153 e também recebeu uma classificação geral como ruim.

Apesar de não ser nenhuma novidade (e um absurdo para um país que depende nas rodovias para escoar sua produção), a rodovias contam com inúmeros trechos sem pavimentação ou com muitos buracos e uma falta de manutenção bem aparente, o que a torna perigosa e pouco produtiva.

9. Trecho entre Barracão e Cascavel, no estado do Paraná

Já estamos chegando ao final dessa lista para os caminhoneiros e a nona posição ficou com o trecho localizado entre as cidades de Barracão e Cascavel, no estado do Paraná.

Se você já passou por ali, deve se lembrar de que as condições são, realmente, preocupantes. Composto pelas BR-163, PR-163, PR-182 e PR-582, o trecho tem uma extensão de 234 Km, sendo que boa parte dele apresenta pavimentação muito ruim, sinalização deficiente e uma geometria inadequada.

Em alguns locais não há acostamento e até mesmo as sinalizações horizontais (linhas de bordo e de divisão de fluxo) são praticamente imperceptíveis. Além, é claro, dos problemas com buracos.

10. Trecho entre Belém (PA) e Guaraí (TO)

O último trecho do ranking está localizado entre as cidades de Belém (PA) e Guaraí (TO). É importante destacar a grande relevância econômica e estratégica dessas rodovias, posto que ligam o porto de Belém — um dos principais do país — à região central do Brasil.

No entanto, isso não é suficiente para livrá-las dos problemas comuns às estradas brasileiras, como buracos e deficiências na pista. Ainda assim, o trecho ficou em último no ranking e quem sabe consiga sair dessa lista nos próximos anos.

E aí, você conhecia todos os trechos citados? Nós procuramos listar as 10 piores estradas do Brasil para que você se informe melhor e, na medida do possível, evite trafegar por essas áreas. Obviamente, isso nem sempre é possível e, nesses casos, é importante que você redobre sua atenção e adote uma postura mais defensiva ao volante.

Em geral, o que se pode concluir é que ainda há muito a evoluir no quesito infraestrutura do transporte rodoviário. Porém, ainda assim, isso não é motivo para desanimar e tirar os bons motoristas do foco de se tornarem melhores e mais eficientes a cada dia. O segredo, portanto, é conhecimento, profissionalização e um bom caminhão!

A vida na estrada não é feita só de problemas. Então, depois de conhecer as piores estradas, que tal acompanhar o ranking das 10 melhores estradas brasileiras? Assim, você se anima e fica sabendo por onde passar em sua próxima viagem!

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