O QUE AVALIAR ANTES DE PEGAR UM NOVO FRETE? DICAS PARA NÃO SAIR NO PREJUÍZO

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Planilha Cálculo de Frete

Há propostas que parecem boas demais para recusar. Mas, na prática, podem causar transtornos. Antes de pegar frete, é preciso considerar além do valor pago pelo serviço. Tem combustível, pedágio, comida, pernoite e o tempo longe de casa. Tudo isso impacta o custo final. E quando a conta não fecha, quem paga é você.

Muitos encaram a oferta e só depois percebem que o lucro era ilusão. O caminho podia estar ruim, a carga era pesada demais ou nem tinha garantia de retorno. Por isso, vale parar um minuto e entender o que deve ser colocado na ponta do lápis.

Quer evitar prejuízo e escolher serviços de transporte que realmente compensam? Então fique por aqui. As próximas dicas vão ajudar a tomar decisões mais seguras e vantajosas, sem complicação. Vamos nessa?

Calcule o custo por quilômetro rodado

Antes de aceitar qualquer frete, é importante saber quanto custa rodar por quilômetro. Você pode fazer essa conta de um jeito bem simples: some todos os gastos fixos e variáveis (combustível, manutenção, pedágio, alimentação, seguro, depreciação do veículo) e divida pela média de quilômetros rodados no mês.

O resultado mostra quanto você gasta, em média, para cada quilômetro que o caminhão anda. Se o valor pago pelo frete não cobre isso e ainda não sobra nada no final, o prejuízo é certo. Sem esse cálculo, qualquer proposta pode parecer boa. Mas só na teoria. Na prática, é ele que mostra se vale ou não seguir viagem.

Considere o peso e o tipo da carga

As cargas não são iguais. Algumas exigem mais do caminhão, outras pedem mais cuidado de quem dirige. Carga muito pesada aumenta o consumo de combustível, desgasta os pneus mais rápido e exige mais do motor. Enquanto isso, as mais frágeis ou perigosas demandam atenção redobrada na amarração e transporte.

Tudo isso afeta o tempo de viagem, os custos e até o risco de multa ou acidente. Por isso, antes de pegar frete, analise bem o que exatamente você vai transportar. Se o esforço for maior do que o lucro que ele traz, pode não compensar. Às vezes, um frete mais leve rende mais no fim do mês do que aquele que parece grande só no papel.

Avalie as condições do trajeto

Antes de confirmar o frete, considere também por onde o caminhão vai passar, pois nem todo trajeto é igual. Há rotas que têm longos trechos de terra, buracos, subidas íngremes ou falta de sinalização. Cada uma dessas situações pode impactar diretamente no tempo de entrega e no desgaste do veículo.

Estradas em mau estado aumentam o risco de danos, exigem mais atenção na direção e podem até obrigar a reduzir a velocidade. Isso tudo interfere no custo total da operação. Então, tenha em mente que verificar o caminho com antecedência, usando aplicativos de rota ou ouvindo colegas que já passaram por lá, pode evitar prejuízos que não constavam no plano inicial.

Inclua os gastos com pedágios e alimentação

Na hora de calcular se um frete vale a pena, muitos motoristas esquecem dos custos fora do óbvio. Pedágios, por exemplo, podem representar um valor alto dependendo da rota escolhida. E alimentação, ao longo de dias na estrada, também pesa no bolso. Cada parada tem seu custo.

Por isso, antes de aceitar o frete, veja quantos pedágios o percurso envolve e estime quanto será gasto com refeições. Se a viagem for longa, considere ainda possíveis pernoites. Somando tudo, o que parecia vantajoso pode não ser. É esse tipo de detalhe que define se haverá lucro no final.

Cheque a possibilidade de carga de retorno

Rodar com o caminhão vazio é prejuízo certo. Logo, antes de pegar frete, verifique se há chance de conseguir uma carga de retorno. Se for possível, o custo da viagem se divide entre dois serviços. Caso contrário, todo o deslocamento de volta sai do seu bolso. A melhor forma de evitar isso é planejar com antecedência, conversando com transportadoras, usando aplicativos de frete ou até combinando com colegas que conhecem as rotas.

Cargas de retorno não aparecem do nada, mas quem se antecipa costuma garantir uma. Essa prática pode melhorar bastante o faturamento no fim do mês e reduzir as horas rodadas sem ganhar nada.

Verifique o prazo de entrega combinado

Prazos curtos demais podem até parecer sinal de serviço urgente e bem pago, mas nem sempre isso acontece. Um prazo apertado limita a flexibilidade do trajeto, aumenta o estresse e pode impedir que outros fretes sejam encaixados no cronograma. Aliás, a pressa pode levar a descuidos, multas e até acidentes.

Portanto, é preciso avaliar se o tempo proposto é compatível com o percurso, as condições da estrada e a própria rotina. Em alguns casos, um frete com prazo mais tranquilo, mesmo que o valor seja menor, permite encaixar outras entregas no caminho e aproveitar melhor a viagem. Afinal, o tempo precisa estar do seu lado, não contra.

Analise o risco de avarias e imprevistos

Toda carga tem seus cuidados. Algumas exigem amarração reforçada, outras precisam de proteção contra sol, chuva ou impactos. Cargas frágeis, volumosas ou perigosas aumentam a chance de avarias. E, quando algo quebra no transporte, o prejuízo pode ser grande.

Desse modo, antes de pegar frete, é necessário avaliar o tipo de carga, as condições da estrada e o tempo de viagem. Pense também nos imprevistos, como pneu furado, trânsito parado, fiscalização, pois tudo isso atrasa e gera custo.

Se o valor pago pelo serviço não compensar esses riscos, talvez seja melhor recusar. Lembre-se de que um bom planejamento reduz surpresas e protege tanto o caminhão quanto a reputação com o cliente.

Garanta que o valor cubra os custos e gere lucro

No fim das contas, o que vale é saber se aquele frete vai colocar dinheiro no seu bolso ou tirar. Depois de considerar todos os gastos com combustível, pedágios, alimentação, manutenção, seguro, possíveis pernoites e até a volta para casa, o valor recebido precisa sobrar. Só assim vira lucro. O ideal é manter uma planilha simples para anotar os valores de cada viagem. Isso ajuda a comparar, negociar melhor e recusar o que não compensa.

Frete bom não é o que aparece primeiro. É o que, depois da entrega, ainda deixa margem para respirar e para seguir na estrada sem apertos. Quem aprende a avaliar antes de pegar frete deixa de agir sem pensar bem e começa a tomar decisões mais conscientes, com base em dados reais.

Essa mudança de olhar, aos poucos, se reflete nos resultados. E, como consequência, você começa a construir um ritmo de trabalho mais estável.

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