7 dicas essenciais para o descarte de peças usadas

descarte de peças usadas
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Fazer a manutenção preventiva dos caminhões é extremamente importante para evitar problemas na estrada e mantê-los sempre disponíveis. Diversos serviços são feitos na própria garagem pelos caminhoneiros ou mecânicos. No entanto, é preciso dar atenção para o correto descarte de peças usadas.

Afinal, se feito de forma irregular, isso pode fazer você perder dinheiro e ser multado por comprometer o meio ambiente. Por isso, se você não quer ter problemas com a fiscalização, quer economizar nas manutenções e contribuir para a preservação ambiental, confira, neste post, nossas dicas de como se desfazer das peças inutilizadas dos seus caminhões.

A importância da destinação correta de componentes automotivos

As peças e partes dos veículos automotores são fabricadas em diversos tipos de matérias-primas, como metais, plásticos, borrachas e tecidos. Além disso, os fabricantes utilizam produtos químicos, como lubrificantes, tintas e aditivos, para tratarem seus produtos e conferir a eles as características desejadas.

Isso tudo cria um grande problema no momento em que componentes de carros, motos e caminhões são inutilizados, pois esses materiais demoram muito tempo para se decomporem no meio ambiente e contaminam o solo, o ar e as águas onde são descartados.

Assim, essa poluição — que inclui materiais cancerígenos — se torna, também, uma questão de saúde pública e de ordem econômica, pois contamina as plantações e a água que consumimos. Por isso, órgãos como as prefeituras municipais e o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) fiscalizam e multam quem desrespeita as normas de descarte.

Portanto, dar a destinação correta para as peças e partes substituídas de seus veículos é importante tanto para evitar problemas com a fiscalização quanto para contribuir com a preservação do meio ambiente, da própria saúde e da economia local.

Além desses benefícios, quem tem um bom gerenciamento dos itens retirados de seus veículos consegue, ainda, reduzir custos com manutenções. Quer saber como? Contaremos a seguir!

7 dicas para o descarte de peças usadas e de fluidos na manutenção de um caminhão

Agora que você já conhece os benefícios do descarte correto de peças e componentes automotivos, é importante aprender as opções existentes para a destinação dos principais itens trocados nas manutenções dos seus caminhões. Confira nossas dicas abaixo!

1. Reaproveite os componentes à base de troca

Com a aprovação da chamada “Lei do desmanche”, o comércio de peças e partes automotivas reutilizadas foi regulamentado. Assim, muitas empresas passaram a fazer parte da cadeia de desmontagem legalizada de veículos, contribuindo para um maior aproveitamento de seus componentes.

Por isso, a oferta de peças recuperadas cresceu, bem como o controle sobre a origem e a qualidade dessas mercadorias. Hoje em dia, até mesmo algumas montadoras, por meio de suas concessionárias, oferecem componentes à base de troca.

Um exemplo é a Scania, com o programa “Sistema de Troca”, que recolhe peças originais inutilizadas dos caminhões da marca, substituindo-as por outras revitalizadas. No “Sistema de Troca”, o proprietário do “bruto” consegue economizar até 50% no custo dos produtos, além de contarem com a mesma garantia de itens novos e terem sua eficiência assegurada pela montadora.

2. Dê atenção especial ao óleo lubrificante e filtro

óleo lubrificante do motor contém, em sua composição, diversos produtos nocivos ao meio ambiente e à saúde humana, como metais pesados e compostos oxigenados. Por esse motivo, é considerado altamente contaminante, tendo sua produção, comercialização e destinação fiscalizadas por órgãos governamentais.

Dessa forma, é um dos componentes que merecem maior atenção e cuidado no descarte, bem como os filtros de óleo. O ideal é armazenar o fluido inutilizado em recipientes próprios para o fim, evitando vazamentos. Em seguida, deve ser recolhido por uma empresa especializada, autorizada pela ANP (Agência Nacional do Petróleo) ou pela companhia de saneamento local.

Elas serão as responsáveis por encaminharem o lubrificante para o refino, reaproveitando grande parte de sua composição para a fabricação de óleo básico, e os filtros para a descontaminação. Caso não haja uma empresa dessas nas proximidades, os revendedores e as oficinas mecânicas devem recolher os produtos e dar-lhes a destinação correta.

3. Deixe as baterias automotivas nos revendedores

Também são os revendedores os responsáveis por receberem as baterias dos seus caminhões e encaminhá-las para a reciclagem. Por conterem produtos tóxicos como chumbo, ácido sulfúrico e mercúrio, seu descarte deve ser feito com muito cuidado, sempre para que passem por um processo de descontaminação e reaproveitamento dos materiais.

Portanto, o melhor destino para as baterias usadas de seus veículos é retorná-las para o local em que foram compradas. Se a empresa não existir mais ou não for possível encontrá-la, é possível encaminhar os acumuladores substituídos para um ponto de coleta do IBER (Instituto Brasileiro de Energia Reciclável).

4. Separe as peças por matéria-prima

No caso de partes plásticas e peças metálicas limpas, sem contaminantes de lubrificantes ou resinas, o ideal é separá-los para a coleta seletiva ou negociá-las diretamente em desmanches autorizados e comerciantes de sucatas.

No entanto, como é difícil encontrar componentes que não tiveram contato com os produtos tóxicos presentes no veículo, o melhor é deixar que a oficina responsável pela manutenção dos seus caminhões se encarregue do descarte. Para ter certeza de que a empresa está de acordo com as normas, é importante se certificar do destino que ela dará aos materiais.

5. Entregue os pneus em pontos de coleta especializados

Os pneus também representam um grande perigo ambiental e de saúde. Além de durarem séculos para se decompor na natureza, tornam-se criadouros de mosquitos — como o transmissor da Dengue — e outras pragas.

Por isso, ao trocar os pneus do caminhão, deixe os produtos inutilizados com o revendedor. A logística reversa de pneus está relativamente avançada no Brasil, conseguindo um bom índice de reciclagem desses componentes.

No caso de as substituições serem feitas por seu pessoal na garagem, é possível deixar os pneus usados em um ponto de coleta da Anip (Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos) ou em ecopontos dos governos locais.

6. Faça parcerias com empresas de coleta

Porém, se seus caminhões costumam passar por manutenções periódicas em uma oficina própria, é interessante fazer parceria com uma empresa de coleta especializada em resíduos automotivos. Esse é um ramo que tem crescido no país e já há diversas companhias atuando no mercado.

Essas empresas se responsabilizam pela destinação correta de todos os componentes dos veículos, sendo somente necessário que seu pessoal tenha cuidado no manuseio e armazenamento das peças e fluidos usados.

7. Realize doações

Outra atividade que pode ser feita com as peças que não serão mais utilizadas é fazer doações. Existem muitas instituições ou artesão que utilizam esses itens para transformá-los em lindas decorações. Que tal ajudá-los fornecendo esse material gratuitamente. Dessa maneira, você dará um destino sustentável para esses itens, além de ajudar na economia local.

Busque na sua região quais são as instituições e profissionais que fazem esse tipo de serviço, converse com eles sobre a possibilidade de fazer a doação desses materiais para ajudar na sua produção. Você com certeza fará a diferença na vida dessa equipe, ajudando na realização do seu trabalho.

Qual a diferença entre a reciclagem automotiva e o desmanche de carros?

Muitas pessoas acabam achando que a reciclagem automotiva e o desmanche de carros são a mesma coisa, mas não é bem assim. Abaixo, explicaremos quais são as principais características de cada um desses serviço, além de mostrar qual a melhor opção para descartar ou ganhar uma renda extra com veículos que não serão mais utilizados.

Reciclagem automotiva

A reciclagem automotiva é um processo no qual as peças do veículo são analisadas e, se estiverem em bom estado, poderão ser catalogadas e direcionadas para venda, permitindo que ele componha um outro veículo.

As peças que não estiverem em um estado adequado, serão direcionadas para outros centros de reciclagem, no qual eles serão reaproveitados de maneira mais adequada, como ter seu material utilizado na fabricação de outras peças ou ter diferentes destinos, dependendo do que será reaproveitado.

Uma das grandes vantagens da reciclagem automotiva é seu papel com o meio ambiente. Nenhuma ou o mínimo de peças e estruturas são descartadas, fazendo com que o veículo não fique por muitos anos em decomposição, poluindo o solo e até mesmo depositando substâncias tóxicas no local.

Desmanche de carros

Durante muito tempo, o desmanche de carros foi considerado uma atividade ilegal, na qual veículos roubados ou furtados tinham suas peças retiradas e revendidas, para que a atual pessoa em posse do carro ou caminhão pudesse ganhar dinheiro e evitar ser preso por dirigir um veículo roubado.

Entretanto, hoje em dia já existe a chamada Lei do Desmanche, que conta com algumas diretrizes que instituições desse tipo precisam seguir para se manterem na legalidade e terem uma atividade semelhante ao serviço de reciclagem automotiva. Uma das regras é que o local seja apropriado para realizar a revenda das peças.

Outro cuidado é em relação a procedência das peças. Para isso, é importante atestar que a pessoa que levou o veículo para o desmanche realmente seja o proprietário — isso também deve ficar bem claro para quem for comprar essas peças usadas. Assim, é importante pedir por uma nota fiscal de entrada ou outro documento que prove a aquisição legal do carro antes de realizar o seu desmanche e eventual venda das peças. Isso garante segurança para o dono do desmanche e para quem comprará os itens que serão revendidos por ele.

Como vimos, o correto descarte de peças usadas e outros componentes de seus caminhões é essencial para a preservação ambiental e a saúde pública — mas não é só isso. Ao dar um destino correto a cada item, você evita multas ambientais e é possível, ainda, economizar nas manutenções.

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